A falta de espaço cultural na cidade de Ceilândia, principalmente no que diz respeito a cinema e teatro, é um dos assuntos discutido na cidade satélite. Um grande exemplo foi a apresentação do filme de Adirley que foi selecionado pelo Festival Brasiliense de Cinema Brasileiro (FBCB) deste ano e aplaudido recentemente pelo público do Cine Brasília. Adirley é goiano, mas cresceu em Ceilandia, e a partir de então surgiu a vontade de fazer cinema.
O evento levantou mais uma vez o problema já conhecido pelos moradores da região: a ausência de uma sala de cinema na cidade mais populosa do Distrito Federal, que incomoda quem gosta de filme, porque precisa se deslocar para Taguatinga, e gera desconfortos tanto para os cineastas, que não podem exibir suas produções para os moradores da cidade, como para os moradores que não podem se locomover para as demais cidades satélites.
De acordo com a Administração de Ceilândia, o terreno doado pela Terracap para a construção de centro comercial existe, mas falta investimento. “Como todos os cinemas atualmente são dentro dos shoppings, nós queremos construir um espaço com várias salas de cinema e teatro e praça de alimentação”, explica o chefe de gabinete da Administração de Ceilândia, Renato Santana.
O total da construção ficaria em torno de R$ 7 milhões. “Como não temos condições de tirar a verba do próprio punho, estamos sensibilizando a iniciativa privada, deputados federais ou distritais independentemente da bandeira, para que nos ajudem”, explica Santana. O terreno localizado na QNN 11 tem aproximadamente seis mil metros quadrados. Outras mostras foram realizadas na cidade, mas em locais inapropriados como a Escola Técnica de Ceilândia. “Basicamente quem quer ver filme vai aos shoppings de Taguatinga”, a administração admite impossibilidade de estabelecer uma data para o inicio das obras coloca o chefe de gabinete.
“É um absurdo Ceilândia não ter um espaço reservado para o lazer, como cinema e shoppins”, tenho que ir a Taguatinga para levar meus filhos ao cinema, ou teatro, desabafa Valdenoura Menezes, morada de Ceilândia há mais de 15 anos.
De fato muitas pessoas, tanto moradores e políticos em geral desconhecem o terreno que seria para o espaço cultural em Ceilândia. “É vergonhoso para cidade de Ceilândia a falta de um espaço destinado para a cultura” não necessariamente sendo num shopping, e mesmo sendo nítido essa falta de investimento os administradores, não reconhecem essa deficiência, argumenta Humberto Petrancini, Diretor de teatros em Brasília. Para o diretor esse ano eleitoral deve servir de base para que esse espaço seja realizado, e que não fique so com promessas em vão.
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