terça-feira, 8 de junho de 2010

Até que ponto as ofensivas da Mídia são legítimas?

O ano eleitoral começa e logo os meios de comunicação traçam seus planos de acordo com as conveniências partidárias


Quando insatisfeita com o governo, a mídia bombardeia para todo lado. É como se nessas horas seus aliados se tornassem o público principal e a informação parece ser a parte secundária. Para ter um exemplo, basta pegar a famosa Rede Globo. Nos últimos dois meses a emissora vem atacando como o pode o atual governo. Por coincidência é ano eleitoral e emissora mostra quase que abertamente quem apóia.
O cineasta Arnaldo Jabour, comentarista do Jornal da Globo, faz suas críticas carregadas de opiniões adversas a candidata do PT à presidência , Dilma Rusef. Ele deixa transparecer a vontade de “votar pelo povo”. O comentarista sabe como se posicionar política e partidariamente durante às vezes em que aparece para os telespectadores. Os discursos estratégicos são suas marcas registradas. Quem vê acha que só um partido político tem defeitos. Outro que não tem nada a esconder é Marcelo Madureira. O humorista do Casseta e Planeta que já declarou ter simpatia pelo PSDB, não poupa sátiras aos petistas. É difícil assistir ao programa que o humorista participa sem ver uma cena de provocação ao governo Lula e sua candidata.
Analisando outras emissoras não é possível definir de forma tão clara quais seus aliados. As coberturas das eleições 2010 são feitas diariamente nos noticiários e ao contrário da Rede Globo as pautas parecem ter o tratamento que merecem.
Nessas horas questionamos o papel dos grandes meios de comunicação e principalmente dos formadores de opinião. A imprensa que tanto luta pela liberdade de expressão tem que ser justa com o receptor e o único jeito de fazer isso é mostrando os dois lados porque a conclusão ou o julgamento é tarefa da sociedade. Sabemos que a política brasileira não é das melhores, mas que tal deixar cada um escolher seus governantes?